Pra mim

Pra mim

Palavras têm poder de transformar,
Mas em atos que se faz acontecer.
Eu vejo, há beleza no olhar,
Mas sinto que não sabe o que fazer.

Eu uso essas palavras em favor,
É nosso dia e eu resgato esse amor.
Nessa tarde, deixo a magia se fazer,
É incrível e eu espero te mostrar,
O alívio de em palavras derramar,
Essa amargura que eu sinto de você (de mim).

É magia, está no ar,
Não esquece!
Mas não é no ar, é no chão que acontece
Ainda não, é no chão, é no chão...

É magia, está no ar,
Mas a vida é cá no chão, esquece não...
Deixa a mente navegar,
Mas sobre o leme firme a mão.

Eu me fui a flutuar
Em mares longes, quentes, tristes.
Voltei partido do lugar,
Que partiu meu coração.

Hoje venho lhe falar das maneiras de viver
Com o coração a capengar, e eu digo pra você:
É duro, amigo, de levar,
Me desculpe se não digo,
Mas não soube bem como lidar
E guardei tudo aqui comigo.

Queria ter a voz ativa
Que meu pai sempre cantou.
Queria parar a roda viva
Que teu peito carregou.

Roda, roda, roda vida,
Seguimos indo, não tem jeito.
Amargo é o gosto do que digo,
Pois em mim também tem muito efeito.

Lanço um sopro na viola,
Nessa tarde ensolarada,
Sinto a lua que demora
A se acalmar nessa jornada.

Roda, roda, roda a vida,
De tantos muitos movimentos
Rodar faz dela mais bonita.

Roda, roda, roda a vida.
E o tempo passa sem cessar
Meu coração anda partido
E eu não sei bem como juntar.

Sigo só, me falta o ar
Canto alto, sem falar
Te digo mudo, meu amigo
Ficando quieto cá comigo.

Queria ter a voz ativa
Que meu pai sempre cantou.
Queria parar a roda viva
Que o meu peito carregou.

Não tem jeito, meu amigo,
Pro nosso peito tão aflito
A esperança é uma certeza
E dela faço minha guarida,
Suplico baixo essa cantiga:
Roda, roda, roda vida!