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sexta-feira, 23 de março de 2012

Fogueira dos Homens

Fogueira dos Homens


Da vida que segue em frente,
Do mistério da dor dos Homens.
Dessa saudade, que parece eterna.
Da solidão.

Mora em meu peito, de todos nós.
Por aqui vamos, sós,
Em frente…
Não há outro jeito.

Entendendo pouco, sentindo muito.
Explodimos de tempos em tempos.
Mas a vida, segue…

O sol por detrás das nuvens está,
Queimando, ardendo.
A brasa que nos vai ao peito, lado esquerdo, queima!

Amar é fogueira, tem que cuidar!
Alimentar, nutrir.
O amor é o fogo que oscila:
Tanto encanta, quanto fere.

Eis a dualidade da vida dos Homens,
E do amor de que tanto falam,
Feito de fogo que é.

Ilumina-dor da escuridão; dá vida ao que vem do chão.
Mas…
Perto demais, sem cuidado, queima; e cega.
E fraco demais, sem carinho;
Desesperado, sufoca,
E apaga…

Nossa fogueira é uma só, e nos vai ao peito, lado esquerdo.
É dela que devemos cuidar.
Carinho, atenção, cuidado, lenha nova pra queimar...

Alimentemo-nos de outras chamas, sim, é claro.
Mas não ofusquemos a nossa para tal. Isso não,
Não, não, não.

Somos seres de luz, e nossa chama há de crepitar, quer queiramos ou possamos ver, quer não.
Vistos do alto, somos como fogueiras, ardendo. O quanto queimaremos, e em quantos outros fogos derramaremos nosso calor, só a nós cabe decidir.
Mantendo a fé de que nem toda chuva do mundo nos é capaz de apagar a fogueira que habita nosso peito, lado esquerdo, vamos nós... em frente…



Escrito em Alto Paraíso - Goiás

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