Arquivo do blog

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

O fim do tempo

Sensação profunda,
Não quero rima, não quero nada…

O olhar tão puro se perdeu,
Nesse mundo duro converteu-se em medo,
Fechou-se em sua própria dor.

Aonde andará aquele que me habitava?
O da consciência, da paz, do amor?
Aonde andará aquele que eu um dia fui?
(Será que fui?)

O paraíso deles não me disse nada…
De perto, me pareceu apenas o que é:
Mais um bando de pretensos semi-deuses,
Tão fracos diante de si.
A podridão forjada de luminosidade
Me perfura, me faz sangrar.
Não posso ver, não consigo olhar.
Dá saudade de um tempo que nem foi…
E preguiça de esperar tudo mudar.
Melhor seria se todas as coisas se acabassem de uma vez
E o fim dos tempos chegasse, afinal
Melhor seria, o fim dos tempos…
Menos palavras, menos ataques, menos egoísmo, menos solidão;
Menos perda de tempo.
Apenas o silêncio…

(…)

Três pontos de um silêncio bem longo,
Onde todos mergulhassem,
E pudessem tocar em si.

(…)

Três pontos de um silêncio bem longo,
E doloroso, apenas isso…
Pro fim do tempo começar.


Nenhum comentário:

Postar um comentário