Pai:
Aos meus filhos e à família Noleto,
Uma estrela do mar subiu ao céu. Lá do alto, reluzente, linda, ela será o norte dos que a amam. Quando parecer que o chão lhes sai dos pés, olhem para cima, lá estará a estrela que orientará os caminhos dos que seguirão reverenciando a beleza e a sabedoria da estrelinha que brilhará para sempre. Ela nunca estará no mesmo lugar, caberá a cada um localizá-la, lá no firmamento, e reverenciá-la. Eternamente.
Carinhosamente,
Pai
Filho:
Achei no céu
Eu achei, pai, achei no céu!
Procurei no mar, e achei no céu...
Você bem disse, pai,
Olha pro céu, meu amor, e vê como ele está lindo,
Procura no céu meu amor, e verá que está sorrindo...
Mais do que lindo, hoje, pai,
Brilha sorrindo esse céu.
Mais luminoso que antes e por refletir aqueles olhos amantes
Hoje exala esse gosto de mel.
Eu achei, pai, achei no céu!
A estrela que mais brilha, nesse céu de todo dia
Eterna, hoje, eterna no céu
Pula entra as outras, pai, e brinca
Minha estrelinha do céu...
Meu pranto se esvai pro papel,
Tão forte, verdadeiro,
Que me faz ver que sou parte do céu.
Ora, ora, meu pai!
Eu sou o céu!
E no meu peito brilha uma estrela
Que veio de um mar mais doce que o mel
Brilha viva, verdadeira
Forte, eterna, inteira
A primeira e derradeira...
Sou o céu, meu pai, sou o céu...
No meu peito essa estrelinha,
brilha, brilha, brilha
Pula e brinca,
E me alegra lá do céu
Eu achei, pai, achei em mim, achei no céu,
Eu achei, pai...
Me achei, pai...
E jorrei-me todo pro papel...
Você não me conhece, Lucas, sou amiga da Isabel, sua prima. Vi esse seu blog e, como também tenho um, comecei a "seguí-lo". Seus poemas são... únicos. Verdadeiramente emocionantes. Principalmente esse, que expressa de uma maneira tão inocente algo tão delicado e difícil. Parabéns, você é muito talentoso.
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